domingo, 20 de agosto de 2006

Morte à Humanidade

O conteúdo deste post é quase idêntico a outro que eu mesmo publiquei em um fórum (Valinor), porém em uma seção não-publica. Aproveito então para colocar aqui, publicamente, o conjunto de idéias contra a humanidade que é o conteúdo do texto, com algumas alterações do original.


Que possamos viver muito e desaparecer

Essa é a filosofia do VHEMT, sigla para Voluntary Human Extinction Movement (Movimento de Extinção Humana Voluntária).

Antes de dar qualquer continuidade ao assunto, passo o link do Movimento:
http://www.vhemt.org/

Tem aí também a página em português, mas ela contém muito menos informação que a em inglês, então é preferível que leiam a original mesmo.

Pronto. Agora vamos analisar um pouco a coisa.

- Viver muito e desaparecer? Wtf?

A princípio o nome do movimento pode parecer algo radical demais, quando na verdade não o é. Isso se confirma na própria filosofia. O VHEMT não é um movimento que prega a matança de seres humanos e a propagação de doenças que venham a nos eliminar.

A proposta do Movimento é simples: a de que cada ser humano não se reproduza, a fim de terminar a existência da raça humana na Terra. Vivamos uma vida saudável, porém sem filhos.

- Mas por quê?

Por que o ser humano é o vírus do planeta, que intitulamos “nosso”. Claro, esse é um clichê que com certeza você já ouviu, e apesar de provavelmente concordar não consegue sequer pensar em um mundo sem nós.

O VHEMT pensa na natureza como um todo. Preferível extinguir uma raça, o Homo Sapiens, do que milhares em nome da mesma. Basta analisar a situação humana perante a da natureza, que é fácil perceber essa lógica.


Se você leu boa parte do que há no site (e espero que o tenha feito), talvez eu esteja repetindo coisas que já foram explicadas. Portanto vamos partir mais para as conclusões pessoais que cada um tem dessa idéia.

Vocês conseguem pensar em como o ser humano é um lixo? Talvez eu esteja generalizando demais não? Bem... talvez possamos dizer que há sim pessoas incríveis nesse mundo, etc., mas inconscientemente ou não, nós ferramos com o mundo, sem exceções. Ou você não produz lixo? Não consome agua potável à vontade? Não consome produtos que vem de indústrias que poluem o meio ambiente? Ou não come carne?

Ok, eu sei muito bem que esse papo ecológico e tudo o mais é outro clichê batido, mas aí que eu coloco o ponto que o VHEMT aborda: você consegue imaginar que a melhor solução para isso é a extinção da raça humana? E que nós devemos colaborar para isso, se realmente nos preocupamos com a vida de modo mais amplo? Não basta esperarmos um meteoro colidir contra o planeta, ou o fim do sistema solar. Acabaríamos morrendo de sede, fome e outros fatores muito antes, mas até levaríamos muita outras espécies conosco. Cessando a reprodução humana, estaríamos contribuindo também para evitar esse sofrimento.

Não acho um radicalismo assim tão grande o ato de não ter filhos. Há países Europeus onde o crescimento demográfico tem sido negativo. Considerando a natureza humana, assim como a de qualquer entidade viva, isso vai contra "dogma" de se reproduzir para perpetuar a espécie. Mas somos racionais (gotcha!), e podemos usar disso para tomar tal resolução. Ainda assim há inúmeras barreiras religiosas, culturais, etc., mas nem tudo pode ser assim tão fácil quando o propósito é algo de âmbito mundial, abrangendo pessoas. Utopia talvez seja uma boa definição para essa idéia. Ainda vale dizer que as atitudes que os voluntários devem tomar não se resumem e não procriar. O objetivo de extinção da raça humana interliga outros aspectos, como a ajuda ao meio ambiente, a racionalização dos recursos, e tudo o mais que vocês já conhecem.

Agora deixe que eu mesmo aponte a principal falha dessa proposta: somente indivíduos mais instruídos serão capazes de analizar essa idéia a sério, e levá-la para a prática. Por conseqüência, somente as pessoas mais instruídas irão desaparecer do globo, enquanto a burrice residente na maioria das mentes irá continuar se perpetuando, de maneira exponencial, o que agrava a situação. E isso faz com que essa idéia jogue contra si mesma.

Ou seja: a teoria é nobre, muito nobre, mas a prática é complicada, e deveras utópica. Já as práticas "viáveis" não dão o resultado necessário. Qual medida ecológica deu algum resultado significativo para a situação em âmbito global até hoje? Temos muita coisa escrita em documentos como a Agenda 21, mas nada que tenha sido instaurado de maneira ferrenha e eficaz, apesar de que esse tipo de proposta já está aí a mais de 20 anos.

Passarão mais 20 anos, e a coisa não vai ter melhorado, e assim prosseguirá.
Um verdadeiro beco sem saída, que nós mesmos construímos, e do qual não temos a capacidade de desviar e voltar atrás.

Finalizando, deixo aí no fim um vídeo que deve ajudar a abrir um pouco a mente de quem tiver o empenho de assistir. Ao menos até que nossa memória nos faça esquecer disso, e voltemos ao nosso cotidiano alienado.  

Trata-se de um documentário chamado Earthlings (Terráqueos), que possui cerca de 90 minutos. Não diz respeito direto à questão de extinção da humanidade, mas sim da nossa relação com os outros seres-vivos deste planeta. E a partir daí percebemos o quanto somos detestáveis.

5 comentários:

Anônimo disse...

pois é...tenho que concordar com com você na sua forma de pensar e afirmar com convicção de que o "vírus" do planeta está representado pela raça humana, essa proposta de que o ser humano devera ser "proibido" de se reproduzir eu ja axei meio radical de mais...mas da mesma forma creio sim e apoio qualquer atitude tomada no sentido de haver sim um "controle" de natalidade onde cada casal deveria ter um n° "X" de filhos...assim sendo poderá sim ter um avanço considerável a nivel de conservação de biossistemas e consequentemente uma melhor retribuição do planeta para conosco.

abraço FraNCeLO

Anônimo disse...

Radicalismo desnecessario. A vida humana eh a coisa + bela q existe, e querer acabar com ela eh burrice.

Anônimo disse...

Nuss, eu li esse post a tempo dele ser o primeiro do blog!! Enfim..

Um post um tanto pessimista, deveras. E também injusto com o que de melhor a humanidade pode apresentar.

Sim, somos um vírus para o planeta, mas esse mesmo vírus pode vir a deixar de ser. Utópico da minha parte? Esses ambientalistas também são.

E sim, temos sérios problemas de encararmos o "Outro" tanto quanto temos sérios problemas de encararmos o meio ambiente.

Mas empenho por uma solução dessas é um gasto de energia fútil daqueles que enxergam as mazelas de nossos comportamentos. Creio que outras ações sejam mais eficazes. Vc me perguntaria então: quais ações? Eu respondo: ainda não sei. Mas tenho esperança de que um dia saberei, sendo hoje a minha esperança algo maior do que era ontem.

Bjos!!

Infinito disse...

estou escrevendo sobre esse assunto, você pode me enviar o seu end de email para o meu? gostaria de apresentar-lhe uma proposta de solução para o problema insolúvel da teoria.
temasmundiais@gmail.com

Anônimo disse...

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